Pular para o conteúdo principal

Brasil: Células-tronco faz pâncreas voltar a funcionar em diabéticos

Um estudo brasileiro publicado recentemente no Journal of the American Medical Association (JAMA), uma das revistas médicas de maior prestígio, revela que o pâncreas de pessoas com diagnóstico recente de diabetes tipo 1 voltou a funcionar após o transplante de células-tronco do próprio paciente. "A independência de insulina desses pacientes é cada vez maior, pois com o passar dos anos seus organismos voltaram a produzir o hormônio naturalmente", comemora o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, um dos autores do estudo.
O diabetes tipo 1 surge quando o sistema imunológico, responsável por proteger o organismo contra infecções, começa a agredir as células beta, produtoras de insulina no pâncreas. O tratamento com as células-tronco regenerou o sistema imunológico dos pacientes, que parou de agredir as células beta, permitindo que voltassem a produzir o hormônio. Para verificar se o efeito podia ser atribuído à preservação das células beta pancreáticas, os pesquisadores monitoraram os níveis do peptídeo C (um precursor de insulina) durante 29,8 meses, em média.
Conduzida por médicos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, a pesquisa acompanhou 23 pacientes com diabetes tipo 1, que foram submetidos ao transplante de células-tronco, entre janeiro de 2004 e abril de 2008. "Alguns pacientes passaram a não precisar mais de reposição de insulina por períodos de até quatro anos, com bom controle da glicemia, e outros precisaram repor o hormônio em doses muito baixas", explica Couri.

Outro achado inédito foi que a utilização de sitagliptina, um medicamento aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2, durante um curto período, aumentou os níveis de peptídeo C em dois pacientes que precisaram voltar a repor a insulina.
A sitagliptina pertence a uma nova classe de anti-hiperglicemiantes orais, os inibidores da DPP-4. Nos estudos clínicos, o medicamento demonstrou melhorar a função das células beta pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina e, em estudos em roedores, aumentou a proliferação dessas células.
Esses achados altamente promissores do uso da sitagliptina no diabetes tipo 1 merecem ser confirmados em um número maior de pacientes, durante períodos mais prolongados.

Journal of the American Medical Association - www.jama.ama-assn.org

Comentários

  1. AMALIA DE PAULA TORRES28 de agosto de 2012 às 14:02

    sim achei muito interesante ,pois meu marido é diabetico .qual é o procedimento que ele tem que tomar para fazer isto?qual é o custo deste tratamento .moro em LONDRINA PR MEU ENDEREÇO
    pauladaamalia@hotmail.com
    fone 43-84149791 falar com AMALIA
    o nome do esposo JOSÉ GONÇALVES FILHO
    GUARDO UMA RESPOSTA DR OBRIGADA

    ResponderExcluir
  2. Muito interessante esta noticia, minha esposa é diabetica e gostaria da participar deste estudo como cobaia, como ela deve proceder?
    resposta para essyemy@hotmail.com
    a/c Yoshie N.M.

    ResponderExcluir
  3. Boa Noite, gostaria de saber sobre o procedimento para inscrever minha mãe no projeto de teste de célula tronco par tratamento do diabetes.

    sgcarvalho@gmail.com

    ResponderExcluir
  4. Gostaria de participar disto atualmente so tomo cloridrato de metformina comprimidos será que no meu caso daria certo?

    ResponderExcluir
  5. Queria informação se os testes com células tronco já acontecem em MG.
    Email: luiz_hcmauricio@yahoo.com.br

    ResponderExcluir
  6. Queria informação se os testes com células tronco já acontecem em MG.
    Email: marcosgn2@gmail.com

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O GAAD Brasil - Grupo de Apoio aos Amigos Diabéticos fica muito feliz em saber que nosso esforço e dedicação à informação deixa pessoas como você satisfeitas em comentar este assunto!

Obs.: As opiniões e textos expressos publicados nos comentários, são de responsabilidade daqueles que a assinam (ou de seu IP).

Postagens mais visitadas deste blog

ALIMENTOS - MITOS E VERDADES PARA OS DIABÉTICOS

Muitas pessoas acreditam que o fato de um alimento ser natural significa que é seguro e eficiente. Vejamos alguns exemplos de mitos e verdades a respeito deles. Mitos Diabético não pode comer beterraba; Diabético não pode comer batata e arroz junto; Diabético não pode comer arroz e macarrão; O diabético não deve comer caqui, pois é muito doce; Substituir o leite por café; Caldo de cana e água de coco são naturais, portanto o diabético pode beber a vontade; Água tônica é amarga e o diabético pode beber sem problemas; Suco de fruta é natural, portanto o diabético deve usar e abusar; Açúcar causa diabetes; Não beber refrigerante dietético; Beber muita água dá diabetes; O diabético não pode comer aipim e nem farofa; Banana faz mal ao diabético; Mel e açúcar mascavo são naturais. Sendo assim, diabético pode usar; Fritura faz mal, mas se

Quais os direitos dos portadores de diabetes no Brasil?

Organizações de todo o Brasil há muitos anos vem se preocupando em esclarecer aos portadores de diabetes, familiares e comunidade em geral, que os cuidados com a diabetes envolvem a educação em diabetes, o tratamento adequado e o conseqüente acesso ao mesmo. A saúde é direito de todos e dever do Estado , segundo determina nossa Constituição Federal ( artigo 196 e seguintes), chamada de constituição cidadã, e a Lei Orgânica da Saúde, Lei 8080/90 (artigo 7º,I). Nesse sentido, qualquer cidadão tem o direito de ser atendido pelo sistema público de saúde sempre que necessário para a proteção ou recuperação de sua saúde . Uma das diretrizes do SUS – Sistema Único de Saúde é justamente o atendimento integral, que consiste no fornecimento tanto das ações e serviços de saúde preventivos como dos assistenciais ou curativos (artigo 198, II da Constituição Federal; artigos 5º, II e 7º, II da Lei 8080/90). Sabemos que colocar isto em prática não é fácil para o cidadão. O atendimento e a bus

10 coisas que você precisa saber sobre o diabetes

  O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias. Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens. Confira 10 coisas que você precisa saber sobre os dois tipos mais comuns de diabetes: 1. No tratamento do diabetes, o ideal é que a glicose fique entre 70 e 100mg/dL.  A partir de 100mg/dL  em jejum ou 140mg/dL duas horas após as refeições, considera-se hiperglicemia e, abaixo de 70mg/dL, hipoglicemia. Se a glicose permanecer alta demais por muito tempo, haverá mais possibilidade de