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Proteína do intestino pode ajudar no combate ao diabetes, diz pesquisa

Mais de 180 milhões de pessoas em todo o mundo têm diabetes tipo 2, a forma mais comum da doença. E o total continua crescendo em um nível alarmante, o que tem levado centros de pesquisa em diversos países a tentar encontrar alternativas de combate ao problema, que tem entre seus principais fatores de risco a obesidade.

Um grupo internacional de pesquisadores acaba de apresentar um potencial candidato: a proteína TGR5. Os cientistas descobriram que sua ativação é capaz de reduzir o ganho de peso e de tratar o diabetes. O estudo foi publicado nesta quarta-feira (2/9) na revista Cell Metabolism.

Um trabalho anterior do mesmo grupo demonstrou que ácidos biliares (produzidos no fígado e que quebram as gorduras), por meio da ativação da TGR5 em tecidos musculares e adiposos marrom, foram capazes de aumentar o gasto de energia e de prevenir, ou até mesmo de reverter, obesidade induzida em camundongos.

No novo estudo, o grupo coordenado pelos professores Kristina Schoonjans e Johan Auwerx, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, examinou o papel da TGR5 no intestino, onde essa proteína é expressada em células especializadas na produção de hormônios.

Os pesquisadores observaram que essas células, chamadas de células enteroendócrinas TGR5, controlam a secreção do hormônio GLP-1, que tem papel crítico no controle da função pancreática e na regulação dos níveis de açúcar no sangue.

Kristina e Auwerx trabalharam em conjunto com Roberto Pellicciari, da Universidade de Perugia, na Itália, que desenvolveu um ativador para a TGR5, chamado de INT-777, em colaboração com a empresa Intercept Pharmaceuticals, dos Estados Unidos.

O grupo demonstrou que – em testes condições laboratoriais em camundongos – a TGR5 pode efetivamente tratar o diabetes e reduzir a massa corporal. Os autores também mostraram que esses efeitos estavam relacionados ao aumento tanto da secreção da GLP-1 como do gasto energético.

Segundo os pesquisadores, os resultados apontam para uma nova abordagem no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade. A alternativa proposta é baseada no aumento da secreção de GLP-1 por meio da administração do ativador da TGR5.

Comentários

  1. Walter Antônio Marques Lelis6 de outubro de 2010 às 15:08

    Prezados amigos,
    Acabo de dectar, aos 56 anos, que passo a ser mais um com a diabetes tipo 2. O exame deu 276. Vou a um endocrinologista e a uma reunião com a nutricionista da Casa do Diabético aqui de minha cidade. Tenho 1,65 de altura, pesando entre 74-75 kg.
    O que deixa "encafifado" é o por quê?
    Sou naturalista há 30 anos, a dieta não me surpreende. Nunca frequentei academia, mas, mais novo andava de bicicleta. Hoje não fico parado, pois faço tudo em casa. De 1996 até 2004, trabalhei duro em minha empresa de água mineral, carregando galão a todo momento.
    Nos exames que sempre fiz dava entre 95 e 104.
    Resolvi em julho último começar a consumir a tal de Activia (antes consumia somente iorgute feito em casa). Reparei que comecei a urinar muito e ter a boca seca e fui emagrecendo. Como o tempo por aqui estava bastante seco, achei que seria normal, apesar de, por causa de minha alimentação sempre beber pouca água. E a propaganda fala em emagrecimento garantido. Houve também mudança no meu defecar. Como a coisa foi se acelerando, procurei meu médico homeopata (só uso medicamentos homeopatas há 30 anos)e dectei o fato. Minha avó morreu em 1957 por complicações causadas pela diabetes.
    Quando criança gostava muito de açúcar, mas nunca tive nenhuma manifestação quando criança e jovem.
    Enfim, a pergunta que lhes faço é a seguinte:
    Será que o tal biforegularis que atravessa o estômago e chega nos instestinos não teria afetado a TGR5 causando complicações no meu metabolismo hormonal?
    Agradecido,
    Walter Antônio Marques Lelis
    Franca-SP

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