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Diabéticos devem ter bom acompanhemento da tireóide

As doenças da tireóide são bastante comuns em mulheres a partir dos 35 anos e podem surgir com maior facilidade em pessoas portadoras de diabetes ainda na fase infantil, porque algumas dessas doenças, assim como o diabetes tipo 1, têm causas imunológicas, explica a médica Márcia Nery, da equipe de diabetes do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A tireóide é uma glândula situada na região do pescoço que produz as tiroxinas (T3 e T4), hormônios que estão envolvidos em várias funções regulatórias do organismo, como a manutenção da temperatura, por exemplo. Entre as doenças mais comuns da tireóide, a tireoidite crônica é uma inflamação dessa glândula que pode levar a hipotireoidismo .Às vezes, em vez de uma doença imunológica com hipofunção da tireóide, aparecem anticorpos estimuladores e então ocorre o hipertireoidismo.

Os sintomas do hipotireoidismo – quando a glândula produz hormônio em baixa quantidade – são pele seca, raciocínio lento, sono e intestino preso e um pequeno ganho de peso. É comum acreditar que a causa da obesidade de muitas pessoas é o hipotireoidismo , mas a endocrinologista afirma que isso é um falso mito.

No hipertireoidismo, quando a produção do hormônio é maior do que o normal, a pessoa passa a apresentar taquicardia, sudorese, perda de peso e, eventualmente, elevação de pressão arterial sistólica. Tanto no hiper como no hipotireoidismo, o tratamento é feito basicamente com medicamentos que podem ser utilizados sem receio pelo diabético, porque não interferem no comportamento da glicemia.

“No hipotireodismo, o tratamento é para sempre, não há como dispensar a medicação; mas no hipertireoidismo esse tratamento dura algum tempo e, em alguns casos, se não há reversão da doença, pode ser necessária uma cirurgia”, explica a endocrinologista.

Outras doenças que podem surgir na tireóide são nódulos que precisam ser investigados para se definir o tratamento. Segundo Márcia Nery, é aconselhável que o portador de diabetes faça periodicamente exames para verificar a situação de sua tireóide. A periodicidade dos exames pode ser um a cada ano ou a cada dois anos, conforme o paciente.

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