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Osteoporose reforça importância de exercício físico em diabéticos

A prática de atividades físicas, que já é adotada por grande número de portadores de diabetes como forma auxiliar no controle da glicemia, pode ganhar ainda mais importância no caso de mulheres diabéticas que também apresentam osteoporose. O diabetes é um dos fatores de risco para o aparecimento de osteoporose, conforme apontam estudos em andamento sobre o assunto.

Habituado a lidar com grupos de terceira idade no acampamento Nosso Recanto, em Sapucaí Mirim, interior de São Paulo, o endocrinologista Marco Antônio Vívolo explica que portadores de osteoporose devem começar a praticar exercícios dando preferência a atividades de baixa intensidade. A caminhada, por exemplo, é uma das atividades mais indicadas para esse paciente, exceto se ele apresentar algum comprometimento que dificulte a caminhada.

“Outra alternativa, principalmente para portadores de osteoporose em grau avançado, é fazer exercícios na água, que diminui impactos”, explica Vívolo.

O médico lembra que para pessoas da terceira idade, que muitas vezes vivem sozinhas ou têm vida social menos intensa, um dos fatores que ajudam a criar motivação para buscar regularidade na atividade é a socialização que ela eventualmente possa permitir. Por isso, caminhar na companhia de outras pessoas, mantendo um bate-papo, longe de ser desaconselhável é altamente positivo.

Também a participação em jogos de equipe, como o vôlei e o basquete, recebem sinal verde do endocrinologista. Segundo ele, grupos de terceira idade que praticam essas modalidades não precisam ter o mesmo desempenho de atletas jovens e podem tornar os jogos mais leves e menos impactantes. Em contrapartida, o ganho em socialização é significativo.

“A prática de exercícios é importante auxiliar no controle da glicemia em diabéticos tipo 2, encontrada na maioria dos diabéticos mais velhos. Ela ajuda a diminuir a resistência à insulina e estimula o metabolismo, não só em relação à glicemia mas, também, em relação ao cálcio e hormônios utilizados no tratamento do portador de osteoporose, independentemente de ele ser diabético”, afirma o médico.

Vívolo acrescenta que, caso a pessoa apresente outras complicações, como hipertensão, ou tiver histórico familiar de doenças cardiovasculares, é aconselhável obter orientação médica antes de iniciar uma programação física. Caso contrário, adotando uma atividade que não tenha alta intensidade e não envolva risco de trauma, é possível estabelecer seus próprios limites apenas prestando atenção aos sinais de fadiga.

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