Pular para o conteúdo principal

Resultado negativo para diabetes não promove mudança prejudicial no comportamento de saúde, diz estudo

Pesquisadores do Reino Unido se perguntavam se um resultado negativo no rastreamento para diabetes tipo 2 poderia tranquilizar demais o paciente a ponto de deixá-lo mais propenso a adotar comportamentos de risco para a doença. Porém, uma pesquisa com 5334 adultos com idades entre 40 e 69 anos que estavam no quartil mais alto de risco para ter diabetes tipo 2 (964 controles e 4370 sob rastreamento) indicou que o fato de não ter diabetes parece não ser uma “licença” para esses pacientes abusarem de comportamentos de risco.

No levantamento, foram avaliadas a percepção acerca do risco de diabetes, a intenção de mudança de comportamento, e autoavaliação da saúde após uma coleta inicial de amostras de sangue para dosagem da glicemia, e novamente após 3-6 e 12-15 meses. Não foram observadas diferenças significativas entre os controles e as pessoas que tiveram resultado do rastreamento negativo em relação à percepção do próprio risco, intenções comportamentais ou auto-avaliação da saúde após a primeira consulta ou após 3-6 meses, ou 12-15 meses.

Depois do primeiro exame, as pessoas que tiveram resultado negativo relataram uma percepção de risco um pouco menor do que o grupo controle (p=0,04) no mesmo período de avaliação; e não houve diferenças em 3-6 ou 12-15 meses. A conclusão foi que “um resultado negativo no teste de rastreamento para diabetes não parece promover uma falsa tranquilidade, sendo expressa através da percepção de um menor risco, menor intenção de mudança comportamental ou de uma melhor auto-avaliação”.

Assim, segundo os autores, a implementação de um programa de rastreamento de diabetes tipo 2 na atenção básica provavelmente não levará a uma alteração do risco cardiovascular ou dos níveis glicêmicos populacionais como resultado de um aumento do comportamento não saudável gerado por uma falsa tranquilidade entre as pessoas que têm um resultado negativo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ALIMENTOS - MITOS E VERDADES PARA OS DIABÉTICOS

Muitas pessoas acreditam que o fato de um alimento ser natural significa que é seguro e eficiente. Vejamos alguns exemplos de mitos e verdades a respeito deles. Mitos Diabético não pode comer beterraba; Diabético não pode comer batata e arroz junto; Diabético não pode comer arroz e macarrão; O diabético não deve comer caqui, pois é muito doce; Substituir o leite por café; Caldo de cana e água de coco são naturais, portanto o diabético pode beber a vontade; Água tônica é amarga e o diabético pode beber sem problemas; Suco de fruta é natural, portanto o diabético deve usar e abusar; Açúcar causa diabetes; Não beber refrigerante dietético; Beber muita água dá diabetes; O diabético não pode comer aipim e nem farofa; Banana faz mal ao diabético; Mel e açúcar mascavo são naturais. Sendo assim, diabético pode usar; Fritura faz mal, mas se

Quais os direitos dos portadores de diabetes no Brasil?

Organizações de todo o Brasil há muitos anos vem se preocupando em esclarecer aos portadores de diabetes, familiares e comunidade em geral, que os cuidados com a diabetes envolvem a educação em diabetes, o tratamento adequado e o conseqüente acesso ao mesmo. A saúde é direito de todos e dever do Estado , segundo determina nossa Constituição Federal ( artigo 196 e seguintes), chamada de constituição cidadã, e a Lei Orgânica da Saúde, Lei 8080/90 (artigo 7º,I). Nesse sentido, qualquer cidadão tem o direito de ser atendido pelo sistema público de saúde sempre que necessário para a proteção ou recuperação de sua saúde . Uma das diretrizes do SUS – Sistema Único de Saúde é justamente o atendimento integral, que consiste no fornecimento tanto das ações e serviços de saúde preventivos como dos assistenciais ou curativos (artigo 198, II da Constituição Federal; artigos 5º, II e 7º, II da Lei 8080/90). Sabemos que colocar isto em prática não é fácil para o cidadão. O atendimento e a bus

10 coisas que você precisa saber sobre o diabetes

  O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias. Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens. Confira 10 coisas que você precisa saber sobre os dois tipos mais comuns de diabetes: 1. No tratamento do diabetes, o ideal é que a glicose fique entre 70 e 100mg/dL.  A partir de 100mg/dL  em jejum ou 140mg/dL duas horas após as refeições, considera-se hiperglicemia e, abaixo de 70mg/dL, hipoglicemia. Se a glicose permanecer alta demais por muito tempo, haverá mais possibilidade de