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Falta de compreensão da família atrapalha tratamento de diabéticos idosos

Está cada vez mais comum famílias escolherem internar parentes idosos com diabetes em asilos ou casas de apoio. A afirmação é do presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Saulo Cavalcanti, que explica que a maioria das pessoas não sabe lidar com as implicações diferentes que essa doença tem no paciente idoso. Alterações de personalidade e agressividade são exemplos de mudanças em idosos com diabetes, o que torna difícil a convivência com ele. No entanto, Saulo Cavalcanti destaca que a atenção da família e o amparo do lar são fatores de extrema importância para que essas pessoas obtenham sucesso no tratamento da doença.

Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes – Saulo Cavalcanti

"Uma das coisas que ele mais precisa é carinho e amor. O idoso deprime com mais facilidade e se a família der carinho e amor e notar que eles gostam dele, que têm atenção com ele, ele vai ser muito mais bem olhado do que em qualquer outro lugar. É importante também que a família aprenda com o médico que trabalha com o diabético, as orientações corretas do paciente idoso. Se você fizer uma participação ativa, em que o tempero dessa participação ativa é o carinho, ele vai ser muito bem controlado e ele tem todas as condições de viver no seu lar."

Saulo Cavalcanti acrescenta que a impaciência e a falta de respeito com o idoso levam à depressão. Muitas vezes, o paciente é encaminhado para um psiquiatra, quando precisava apenas de mais atenção da família. Ele afirma que os parentes devem participar ativamente do tratamento, ajudando na medicação, alimentação e exercícios físicos.

Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes – Saulo Cavalcanti

"É o que eu chamo de vigilância livre, em que você deve estimular ele mesmo a aplicar insulina, mas supervisionar, ficar próximo, ajudá-lo, levar a alimentação na hora certa, estimular a caminhada. A caminhada dele deve ser com muito cuidado, porque ele pode cair. Durante a caminhada, sempre alguém perto, às vezes dando o braço. Então lembrar que a gente deve tratar o idoso como nós queremos que alguém um dia nos trate."

O presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Saulo Cavalcanti, acrescenta que a incidência do diabetes tipo dois aumenta com o envelhecimento, chegando a dezoito por cento somente na população acima dos sessenta anos.

Reportagem: Juliana Costa | Fonte : PBJA

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