Pesquisadores israelenses transplantaram pâncreas de embriões de suínos em macacos com diabete induzida. Em cinco meses, os primatas estavam curados. O uso de órgãos de outros animais - técnica conhecida como xenotransplante - constitui uma esperança para minimizar a falta de doadores humanos. O maior desafio dos cientistas foi contornar a resposta hiperaguda do sistema imunológico: quando as células de defesa identificam o órgão recém-implantado e iniciam um processo agressivo para eliminar o que consideram um invasor. Uma grave inflamação costuma matar o transplantado em poucos minutos. No estudo publicado hoje na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os pesquisadores utilizaram embriões de suínos com 42 dias de vida. "A chance de uma rejeição é bem menor com embriões", explica Yair Reisner, do Instituto de Ciência Weizmann. A intuição inicial surgiu de uma observação simples: o corpo dos filhos não causa rejeição no útero das mães. Cada tecido extraído de...