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Sexo é problema para mulheres com diabetes

Elas se queixam de dor, pouca lubrificação e diminuição do desejo. Eles reclamam.

As complicações causadas pelo diabetes vão além das restrições à mesa ou cuidados extras na hora de fazer atividades físicas, devido à dificuldade de cicatrização. Um estudo que acaba de ser finalizado por pesquisadores da Bélgica revela que as mulheres com diabetes tipo 1 sofrem os impactos da doença também na vida sexual. A pesquisa acompanhou mais de 650 mulheres durante dez anos, submetendo todas elas a questionários, exames físicos e de laboratórios, além de avaliações quanto às variações de humor. Do total, 35% das pacientes apresentaram alguma disfunção sexual. Queda na libido, dificuldades de atingir o orgasmo, pouca lubrificação vaginal e dores durante o sexo foram as reclamações mais comuns. Os especialistas associam os problemas a um quadro de depressão que, não raro, acompanha pacientes com diabetes tipo 1 e entendem que a doença deve ser tratada, evitando as complicações sexuais. "Além de tomar insulina, os pacientes com diabetes precisam se acostumar a ter uma alimentação saudável e praticar exercícios. Isso é tão importante quanto os medicamentos", afirma a endocrinologista Maria Helena Senger, da Faculdade de Medicina da PUC. O convívio social, sozinho, não afasta a depressão depois que a doença se instalou. Mas manter uma agenda de compromissos diminui os riscos de que a depressão se instale, na medida em que o paciente não vê no diabetes um problema que limita as possibilidades dele. Também é importante ficar atento às diferenças entre tristeza e depressão. "Num episódio depressivo a pessoa pode se sentir sem energia, sem interesse e sem vontade de fazer as coisas comuns da sua rotina. Também pode ter mais dificuldade de se concentrar, se sentir mais cansada e com menos apetite. Seu padrão de sono também pode mudar, levando à insônia ou então a dormir excessivamente", afirma a psicóloga Cecilia Zylberstajn, especialista do MinhaVida.

MinhaVida - Hotnews
Saúde, alimentação e bem-estar.

Comentários

  1. Sou diabética há 38 anos e casada há 26. Não tenho problemas.
    Na minha opinião a depressão associada à diabetes está muito mais associada ao péssimo tratamento que recebemos de alguns profissionais de saúde que, ao invés de dar ênfase em ações positivas e em possibilidade de viver muito e muito bem (como eu estou), ficam ameaçando e amedrontando e apavorando os portadores, levando-os a se sentirem coitados, assustados e desenvolverem quandros de depressão.
    Quem sabe meu marido gosta ainda mais de mim exatamente porque eu sou doce?
    Jane

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  2. Com certeza o tratamento adequado juntamente com a boa disposição do paciente, eleva sua qualidade de vida e seu nível clínico positivo.

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