
A busca para encontrar uma maneira de fornecer insulina sem a inconveniência de agulhas, canetas e bombas é longa. Este novo experimento vem quase três anos após a Pfizer Inc. retirar do mercado a Exubera, insulina inalada, depois de não conseguir conquistar os pacientes e profissionais de saúde.
Qualquer método que envolve a administração de insulina por via oral, deve superar os efeitos nocivos da saliva e dos sucos digestivos sobre a insulina, que é relativamente de estrutura molecular delicada. O problema é manter o hormônio intacto até que possa chegar longe o suficiente no sistema para entrar na corrente sanguínea. A nova abordagem usa um sistema de “entrega” patenteado, chamado tecnologia de melhoramento de permeação gastrointestinal (GIPET), que ajuda o intestino a absorver a insulina.
A pílula, fortemente revestida, fica protegida até chegar ao duodeno, a primeira seção do intestino delgado, logo após o estômago. Lá, como a pílula começa a se dissolver, os promotores de absorção aceleram a passagem da droga através da membrana das células e entrada na corrente sanguínea.
Em 20 estudos clínicos de uma série de drogas, a GIPET aumentou a absorção de fármacos em até 46 vezes. O novo teste irá investigar a segurança da liberação da droga e eficácia, bem como a tolerância à insulina fornecida na forma oral.
Apesar dos resultados preliminares serem esperados para 2011, caso tudo ande bem, a empresa podera começar a comercializar o produto em 6 anos, segundo o diretor Lars Sorensen.
Outras empresas também parecem interessadas no assunto. Kiran Mazumdar-Shaw, Diretor da Biocon, maior empresa de biotecnologia da Índia, anunciou em setembro, em uma entrevista em Kuala Lumpur, que pretende iniciar a produção comercial de uma pílula de insulina no prazo de 18 meses. O hormônio é administrado por via oral, e está no final das três fases de estudos em pacientes que as agências geralmente exigem, para aprovação de medicamentos.
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