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American Diabetes Association recomenda a A1C como critério diagnóstico do diabetes mellitus

Publicado como suplemento do periódico Diabetes Care de janeiro de 2010, o protocolo Standards of Medical Care in Diabetes diz que o exame da hemoglobina glicada (A1C) passa a ser recomendado como meio diagnóstico do diabetes mellitus e identificação de casos de pré-diabetes. Este exame é recomendado há anos para verificar como está o controle dos níveis glicêmicos de pacientes diabéticos ao longo do tempo, mas até então não era considerado um critério diagnóstico da doença.

Ao contrário de muitas doenças crônicas, o diabetes tipo 2 pode ser prevenido com mudanças no estilo de vida, enquanto os níveis glicêmicos encontram-se no estado de pré-diabetes.

A A1C é medida em porcentagem. O exame faz a média dos níveis glicêmicos ao longo de um período de cerca de 3 meses. Uma pessoa sem diabetes pode ter uma A1C de cerca de 5%.

Pelas novas recomendações, as quais são publicadas anualmente para refletir as mais novas pesquisas científicas, valores de A1C entre 5,7 e 6,4 % indicam que os níveis glicêmicos estão no estado de pré-diabetes. Isto significa que estão acima do normal, mas ainda não tão altos para fazer o diagnóstico de diabetes mellitus. Este diagnóstico é feito com níveis de A1C iguais ou superiores a 6,5%.

A American Diabetes Association recomenda que a maioria das pessoas com diabetes deve manter os níveis de A1C igual ou abaixo de 7% para um controle adequado desta patologia. As pesquisas mostram que o controle da glicemia ajuda a prevenir sérios danos à saúde relacionados ao diabetes, como doenças renais, danos aos nervos, doenças da retina (retinopatia diabética) e doenças cardíacas.

A A1C vai se juntar a dois outros testes diagnósticos prévios, a glicemia de jejum e o teste oral de tolerância à glicose (TOTG). Ambos exigem horas de jejum para coleta do sangue a ser examinado. Já a A1C não necessita de jejum prévio, aumentando a disposição para a realização do exame e reduzindo o número de pessoas que têm diabetes tipo 2 e não estão recebendo o diagnóstico. O diagnóstico precoce pode fazer uma enorme diferença na evolução do diabetes mellitus e na qualidade de vida dos portadores desta condição.

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