
O cálculo, matemático, que utiliza ferramentas de estatística, leva em consideração dados sobre óbito e cura de pacientes, segundo as comorbidades informadas na ficha de notificação. Para cada condição, há um campo para preenchimento, com as opções “sim”, “não” e “ignorado”. Os dados são cruzados e lançados em um software, que calcula o Odds Ratio (razão de chances, em inglês) para aquela determinada condição. O levantamento ainda é preliminar, e o próximo passo é concluir um estudo de caso-controle que contempla entrevistas com pacientes e familiares e a análise de prontuários, para a comparação dos dados.
De 196 pacientes com gripe A H1N1, com informação positiva de doença metabólica no Estado, 60 morreram. Já entre os imunodeprimidos (portadores de câncer e HIV, por exemplo), as chances de óbito são 4,17 maiores, em relação a pessoas com a gripe A H1N1 e que não possuem tais condições. Foram 265 casos de pacientes com este tipo de comorbidade preenchida em ficha, dos quais 54 morreram.
O risco de portadores de doença renal crônica morrerem após contraírem o novo vírus é 3,72 vezes maior, segundo o estudo, com 19,4% de mortes entre 98 casos com a doença. As chances de óbito são 3,40 vezes mais altas entre os cardiopatas crônicos e 1,94 vezes entre os tabagistas. Entre os portadores de pneumopatia crônica, a chance de morrer de 1,33 vezes em relação aos não portadores não é considerada significante do ponto de vista estatístico.
Grávidas
Entre as mulheres grávidas, o risco de morte para aquelas estão no segundo ou terceiro trimestre de gestação é 4,3 vezes maior do que para aquelas no primeiro trimestre, segundo o estudo da Secretaria. Das 602 confirmações de gripe suína em gestantes com Doença Respiratória Aguda Grave no Estado até 7 de dezembro, foram contabilizados 52 óbitos. Desse total, 38,5% morreram no segundo trimestre de gestação e 53,8%, no terceiro. Apenas 5,8% dos óbitos de gestantes ocorreram nos três primeiros meses de gravidez.
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