
As dificuldades em sobreviver à temporada de panetones, doces variados e carnes mais gordurosas podem ser superadas com alternativas simples, como preferir alimentos com fibras e carnes mais leves. Sem abusos e desobediências às orientações médicas, se torna desnecessário, inclusive, fazer muitas restrições em relação ao cardápio.
Certas receitas podem, inclusive, ser adaptadas e garantir a segurança de uma refeição balanceada não apenas para o diabético, mas também de todos.
De acordo com a nutricionista Valéria Setter Galvão, do setor de Nutrição da ONG Doces Amigos, direcionada ao público diabético, é primordial que todas as orientações dadas pelo médico sejam seguidas. Não dá para proibir alguém de comer, mas é igualmente importante ampliar o controle da glicemia para acompanhar os pequenos abusos. Com esse tipo de medida, nada mais grave acontecerá, afirma.
Alimentos fundamentais para todos, independente dos índices glicêmicos, os vegetais como verduras e legumes, especialmente quando ingeridos crus, são peças-chave na manutenção dos níveis de glicose e absorção de gorduras pelo organismo.
Isso se deve à alta taxa de fibras encontradas nestes produtos, principalmente na casca de alguns deles. Outra vantagem das saladas é o efeito de satisfação que causa, o que fará com que o diabético não tenha tanta fome ou ansiedade em comer outros pratos, como as carnes e doces, destaca.
Além das saladas, as carnes podem ser substituídas por outras também tradicionais. Por exemplo: ao invés de comer um pernil, opte por um tender; ou entre o leitão ou o chester, prefira a carne de ave. O peru também é uma ótima opção e não precisa ser de consumo exclusivo da pessoa com diabetes, acrescenta.
Em relação aos acompanhamentos, Valéria prefere dizer que escolhas como maioneses temperadas podem ser perigosas. Este tipo de mistura não tem, teoricamente, qualquer tipo de restrição em relação a diabetes, mas possui um alto índice de colesterol, o que pode piorar o funcionamento da digestão e mexer com a absorção destas gorduras pelo pâncreas (que seria responsável pela produção de insulina para digestão dos açúcares), alerta.
Para beber, nada mal um pouquinho de espumante, cidra ou champanhe, mas as doses devem ser controladas da seguinte maneira: uma dose (para bebidas destiladas) ou uma latinha de cerveja para mulheres e duas para os homens. Mais do que essa quantidade, os líquidos farão o efeito inverso da insulina, podendo comprometer a saúde, ressalta.
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