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O que realmente é o diabetes?
É uma doença que aumenta a quantidade de açúcar (glicose) no sangue.

Quando ele se manifesta?
Ela se manifesta quando o organismo não consegue utilizar os nutrientes (derivados de carboidratos, proteínas e gorduras), provenientes da digestão dos alimentos, para produzir energia e mover o corpo ou para armazená-los nos em órgãos como o fígado, músculos e células gordurosas.

Qual é a causa do diabetes?
Uma de suas causas é a deficiência do hormônio de insulina, que atua como uma espécie de mensageiro químico, produzido no pâncreas. Ele é liberado no corpo e atua em partes distintas do organismo. Nos quadros de diabetes tipo 1 o organismo não consegue produzir insulina. No tipo 2, geralmente há uma combinação da deficiência parcial da produção e uma resposta reduzida do corpo ao hormônio, o que é denominado de resistência à insulina.

Alguns tipos do diabetes
Diabetes Tipo 1: As pessoas com diabetes tipo 1 (DM1) não produzem insulina (hormônio produzido pelo pâncreas que ajudar o corpo a usar ou armazenar a glicose dos alimentos). O tratamento é feito com injeções de insulina. Metade de todos os casos de DM1 aparece na infância ou no início da adolescência.
Diabetes Tipo 2: As pessoas com diabetes tipo 2 (DM2) produzem insulina, mas, por algum motivo, as células em seus corpos são resistentes à ação da insulina ou não produzem insulina suficiente. Em todos os tipos de diabetes, se a glicose não consegue entrar nas células e tecidos que necessitam dela, ela se acumula no sangue. Geralmente, os casos de diabetes tipo 2 se desenvolvem na vida adulta.
Diabetes Gestacional: É caracterizado por altas taxas glicêmicas ocorridas em gestantes que não têm diabetes. Surge entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez, período em que o organismo está produzindo grandes quantidades de hormônios para ajudar o desenvolvimento do bebê. Acredita-se que esses hormônios bloqueiem a insulina. Assim, quando algo no organismo impede a insulina de desempenhar sua função, caracteriza-se uma resistência à insulina. Na maioria dos casos, o organismo produz insulina suficiente para superar essa resistência, mas, quando isso não acontece, as mulheres têm diabetes gestacional. A mulher corre maior risco de ter diabetes gestacional se um ou mais dos fatores abaixo estiver presente: 25 anos de idade ou mais; Estiver acima do peso; Histórico familiar de diabetes; Origem hispânica, indígena americana, afro-americana, asiática ou originária das ilhas do Pacífico (para habitantes dos Estados Unidos); Ter dado à luz um bebê de peso igual ou superior a 4,5kg. O tratamento para o diabetes gestacional é que as mulheres grávidas devem fazer um exame de diabetes gestacional entre a 24ª e 28ª semana de gestação. Se estiver com o problema, o médico pode dar as seguintes orientações: - Seguir um plano alimentar; - Seguir um programa de exercício físico; - Monitorar a glicemia; - Verificar a presença de cetonas na urina; - Tomar insulina

Complicações Crônicas ocasionadas pelo diabetes
Retinopatia: alterações nos vasos sanguíneos da retina, podendo levar à cegueira. Sintomas: Alteração na visão, pontos flutuantes, dificuldade de enxergar de dia, pressão ou dor nos olhos, hipersensibilidade à luz, anéis ou halos coloridos.
Neuropatia: alterações nas fibras nervosas dos genitais, pernas e pés, provocando diminuição ou perda da sensibilidade. Sintomas: Formigamentos, Impotência sexual, alterações: Digestivas – urinárias – circulatórias, ressecamento da pele, lesões ulcerosas de pernas e pés, etc.
Nefropatia: alterações nos vasos sanguíneos dos rins, prejudicando a filtração do sangue. Sintomas: Presença de albuminúria persistente, excreção de albumina > 300mg/dL, na ausência de outro distúrbio renal.
Problemas cardiovasculares: alterações nos vasos sanguíneos do cérebro, coração e membros inferiores, ocasionando derrame cerebral, infarto e angina. Microangiopatia: Sintomas, comprometimento dos vasos capilares: nefropatia e retinopatia. Macroangiopatia: Sintomas, comprometimento dos vasos arteriais: deficiência circulatória no cérebro, coração e membros inferiores.

A história do diabetes
Você acha difícil lidar com o Diabetes, hoje em dia?
Como era 3.500 anos atrás, antes da monitorização da glicemia?

1500 AC - Um antigo texto egípcio relaciona remédios para várias patologias, inclusive uma patologia misteriosa na qual as formigas eram atraídas pela urina dos doentes. Esse é o primeiro relato do que hoje é conhecido como Diabetes.
100 DC - Um médico grego refere-se à excessiva perda de peso e urina associadas ao Diabetes em sua descrição cita “existe uma patologia não muito freqüente entre os homens; sendo uma mescla de carne e membros na urina o paciente nunca para de produzir água, mas o fluxo é incessante, como o fluxo dos aquedutos.”
250 - Os antigos gregos começam a chamar a patologia de Diabetes. A palavra significa “sifão” ou “atravessar.” Foi só no ano 400 ou 500 que os romanos acrescentaram mellitus (mel) a Diabetes. Por quê mel? Até então, o jeito certo de diagnosticar se uma pessoa tinha Diabetes era experimentar sua urina para ver se era adocicada ou não.
1000 - Registros mostram que os médicos gregos recomendavam exercícios, de preferência cavalgadas, para curar do Diabetes. Boa tentativa, mas não resolveu o problema. Nessa época, pessoas com Diabetes acabavam muito mal e morriam em poucos meses ou anos. Os médicos tentavam de tudo o que era possível e imaginável.
1889 - Os cientistas descobrem que a retirada do pâncreas de um cão causa Diabetes. Mas ainda levaria alguns anos até que esse conhecimento fosse aplicado às pessoas.
1921 - Dois cientistas canadenses descobrem a insulina - Dr. Fred G. Banting e Charles H. Best.
1922 - O primeiro paciente, um rapazinho de 14 anos, recebe insulina (iletin).
1923 - O Prêmio Nobel de Medicina é outorgado aos médicos Dr. Fred G. Banting e Charles H. Best pela descoberta da insulina.
1968 - O primeiro aparelho para medição da glicose no sangue (glicosímetro) é patenteado. Pesando quase um quilo, não era algo exatamente conveniente para usar.

Engraçado como uma rápida revisão da história pode mudar a maneira de encarar a monitorização da glicemia e as consultas médicas, não?

Comentários

  1. Assunto muito interessante, tanto se fala sobre o diabetes, mas poucos conseguem explicar 'basicamente' o que realmente é essa doença!

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