Pular para o conteúdo principal

Estresse altera glicemia mas pode ser controlado

O estresse, caracterizado principalmente por irritação e que provoca a sensação de que a pessoa está no seu limite, pode alterar a glicemia e prejudicar o controle do diabetes. É possível, porém, tentar diminuir esses efeitos com algumas medidas fáceis de serem adotadas, explica a psicóloga clínica Anete Cajuela de Lara, da Associação de Diabetes do ABC (Adiabc).
“O estresse é uma reação à sobrecarga, ao acúmulo de tarefas concretas a que a pessoa se impõe ou, em muitos casos, a emoções muito intensas”, informa a psicóloga.
Conseqüência corriqueira da vida moderna, em função das múltiplas atividades e da correria dos grandes centros, o estresse pode também, no caso do diabético ou de portadores de outras doenças crônicas, surgir como resultado da própria condição física da pessoa. “Quando o diabético não aceita sua condição, o estresse pode surgir por medo, revolta, frustração e até mesmo por saturação, por ter de lidar com a doença diariamente”, afirma Anete.
Entre as conseqüências do estresse, a profissional enumera emoções como a raiva e a irritação e problemas físicos como insônia e alteração do apetite. Para o diabético, essa alteração costuma ser para mais: ele sente mais fome, come mais e, em geral, consome mais alimentos calóricos e ricos em carboidratos. O resultado é o descontrole glicêmico.
“O primeiro passo para evitar os inconvenientes do estresse é trabalhar a aceitação do diabetes, procurar não brigar com a realidade e informar-se mais sobre a doença e como lidar com ela”, ensina Anete.
Outro conselho da profissional é não se pré-ocupar, ou seja, ocupar-se do que está acontecendo agora e não com coisas que ainda estão por vir. Priorizar tarefas também pode ajudar, assim como eleger um tempo para si próprio, dirigido a atividades prazerosas.
“Nossa cultura nos ensina desde crianças a ter prazer com a comida, mas é preciso aprender a obter prazer também a partir de outras atividades”, aconselha a psicóloga.
Fazer um trabalho criativo – pintar, bordar, cuidar de plantas ou fazer crochê – ou praticar alguma atividade física pode ser a solução. “A atividade física, além de colaborar com o bom estado geral de saúde, provoca a liberação de endorfina, responsável pela sensação de prazer e gratificação, e pode ser praticada apenas com uma caminhada, sem necessidade de se freqüentar uma academia ou de tornar-se um atleta”, conclui a especialista.

Comentários

  1. Luís Felipe Cristovon1 de abril de 2009 às 22:20

    Agora é comprovado! ESTRESSE altera a glicemia e deixa a pessoa mais IRRITADA!

    ResponderExcluir
  2. Olá, tudo bem?
    Sou Luciana Moreira do portal Banco de Saúde. Gostaria de agradecer o apoio do blog ao movimento Espalhe Uma Vida Melhor. A presença de blogs que se dedicam a incentivar uma vida melhor trazem um diferencial pra web. Nosso muito obrigado.
    O blog GAAD já se encontra na página do movimento, entre nossos parceiros.
    Gostaria de convidá-los também a criar uma comunidade para o blog na rede social do Banco de Saúde, a primeira rede social de saúde e qualidade de vida do Brasil.
    Lá o blog pode divulgar o grupo, tirar dúvidas dos membros e compartilhar informações, conquistando assim novos leitores.
    Quem vem fazendo incentivando uma vida com mais saúde, tem que estar lá. Vocês tem um ótimo conteúdo para acrescentar a nossa rede. Seria muito importante ter vocês ao nosso lado nesse projeto.
    Não deixem de participar: http://www.bancodesaude.com.br/comunidades

    Grande abraço.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O GAAD Brasil - Grupo de Apoio aos Amigos Diabéticos fica muito feliz em saber que nosso esforço e dedicação à informação deixa pessoas como você satisfeitas em comentar este assunto!

Obs.: As opiniões e textos expressos publicados nos comentários, são de responsabilidade daqueles que a assinam (ou de seu IP).

Postagens mais visitadas deste blog

Quais os direitos dos portadores de diabetes no Brasil?

Organizações de todo o Brasil há muitos anos vem se preocupando em esclarecer aos portadores de diabetes, familiares e comunidade em geral, que os cuidados com a diabetes envolvem a educação em diabetes, o tratamento adequado e o conseqüente acesso ao mesmo. A saúde é direito de todos e dever do Estado , segundo determina nossa Constituição Federal ( artigo 196 e seguintes), chamada de constituição cidadã, e a Lei Orgânica da Saúde, Lei 8080/90 (artigo 7º,I). Nesse sentido, qualquer cidadão tem o direito de ser atendido pelo sistema público de saúde sempre que necessário para a proteção ou recuperação de sua saúde . Uma das diretrizes do SUS – Sistema Único de Saúde é justamente o atendimento integral, que consiste no fornecimento tanto das ações e serviços de saúde preventivos como dos assistenciais ou curativos (artigo 198, II da Constituição Federal; artigos 5º, II e 7º, II da Lei 8080/90). Sabemos que colocar isto em prática não é fácil para o cidadão. O atendimento e a bus

ALIMENTOS - MITOS E VERDADES PARA OS DIABÉTICOS

Muitas pessoas acreditam que o fato de um alimento ser natural significa que é seguro e eficiente. Vejamos alguns exemplos de mitos e verdades a respeito deles. Mitos Diabético não pode comer beterraba; Diabético não pode comer batata e arroz junto; Diabético não pode comer arroz e macarrão; O diabético não deve comer caqui, pois é muito doce; Substituir o leite por café; Caldo de cana e água de coco são naturais, portanto o diabético pode beber a vontade; Água tônica é amarga e o diabético pode beber sem problemas; Suco de fruta é natural, portanto o diabético deve usar e abusar; Açúcar causa diabetes; Não beber refrigerante dietético; Beber muita água dá diabetes; O diabético não pode comer aipim e nem farofa; Banana faz mal ao diabético; Mel e açúcar mascavo são naturais. Sendo assim, diabético pode usar; Fritura faz mal, mas se

10 coisas que você precisa saber sobre o diabetes

  O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias. Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens. Confira 10 coisas que você precisa saber sobre os dois tipos mais comuns de diabetes: 1. No tratamento do diabetes, o ideal é que a glicose fique entre 70 e 100mg/dL.  A partir de 100mg/dL  em jejum ou 140mg/dL duas horas após as refeições, considera-se hiperglicemia e, abaixo de 70mg/dL, hipoglicemia. Se a glicose permanecer alta demais por muito tempo, haverá mais possibilidade de