
Extratos de maconha têm o potencial de servir de ingrediente para um fármaco contra o diabetes. Quem afirma é o cientista britânico Mike Cawthorne, responsável pelo desenvolvimento do Avandia, um dos medicamentos mais vendidos para a doença até 2007, quando um estudo apontou riscos cardíacos associados ao tratamento. As informações são do jornal inglês "The Guardian".
Cawthorne atualmente colabora com o laboratório GW Pharma, especializada em remédios à base de Cannabis sativa, em um novo setor dedicado a pesquisar tratamentos para diabetes produzidos a partir de plantas.
Existem cerca de 60 ou 70 extratos provenientes da maconha, sendo que apenas um deles, o THC, tem as propriedades psicoativas tradicionalmente associadas à planta.
Os pesquisadores vão conduzir estudos pré-clínicos para avaliar se esses extratos podem ser usados no tratamento do diabetes, e vão solicitar a licença para produzi-los caso haja sucesso.
Cawthorne afirma que um dos extratos, o canabinoide CBD, junto com o THC, compõe um medicamento produzido pelo laboratório que mostrou-se útil para elevar o bom colesterol em animais.
Recentemente, um medicamento antiobesidade que atuava nos receptores de canabinóides, o Acomplia, teve sua venda suspensa pelo fabricante devido aos efeitos psiquiátricos que produzia.
Componente da maconha atua contra tumores cerebrais
O tetra-hidrocanabinol (THC), principal componente ativo da maconha, pode ter um efeito sobre a redução e, inclusive, a destruição de células cancerígenas dos tumores, principalmente do cérebro, nos ratos e também no homem, segundo estudo da universidade Complutense de Madri publicado nesta quinta-feira (2), no "Journal of Clinical Investigation".
De acordo com o relato, cientistas injetaram uma dose diária de THC em ratos, antes contaminados com tumores cancerígenos humanos desenvolvidos até o tamanho de 250 mm3.
"A administração do THC reduziu em mais de 80% o crescimento de tumores derivados de diferentes tipos de células" cancerígenas, escreveram os pesquisadores do departamento de bioquímica da Universidade de Madri.
As células cancerígenas introduzidas nos ratos incluíam gliomas, o tipo mais frequente de câncer do cérebro, assim como células de câncer do pâncreas e de mama.
Um teste clínico realizado em dois pacientes com câncer no cérebro, normalmente muito agressivo, com injeção intracraniana de THC de 26 a 30 dias, mostrou "um processo de morte de células por autofagia", depois de uma análise das biópsias realizadas antes e após o tratamento.
Folha Online - bd@uol.com.br
Colaborador informativo
Tem muito ainda para ser pesquisado neste sentido...Se alguma forma de tratamento com o estrato da maconha for provado, acho que não tera grandes proporções, sera pouco significativo. Abraço.
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