
O diabetes tipo 1 pode trazer desafios difíceis para atletas.
(Foto: Stuart Bradford/The New York Times)
Um time de oito ciclistas completou a maratona litorânea de bicicleta chamada Race Across America, em tempo recorde. Foi um verdadeiro feito em qualquer circunstância, mas o que fez disso algo extraordinário foi que todos eles tinham uma coisa em comum: o diabetes tipo 1.
Essa doença, às vezes chamada de diabetes juvenil, representa desafios especiais para atletas. Uma pessoa com diabetes tipo 1 não consegue produzir insulina e deve tomar injeções regulares para controlar o açúcar no sangue. No entanto, o exercício também pode levar a quedas brutais, até mesmo fatais, no nível de açúcar no sangue. A diabetes tipo 2, de longe a forma mais comum da doença, tipicamente se desenvolve mais tarde na vida, geralmente relacionada a hábitos alimentares inadequados e ganho de peso; o exercício é geralmente prescrito como uma forma de manter baixo o nível de açúcar no sangue.
A conquista dos ciclistas, que têm um patrocinador corporativo e competem sob o nome de Time Tipo 1, se tornou uma fonte de inspiração para os estimados 3 milhões de americanos com a doença, e especialmente para pais preocupados diante de um diagnóstico de diabetes tipo 1 em seus filhos.
Porém, a vitória também oferece boas lições para todos nós, salientando os benefícios da vigilância diária, quando se trata de saúde. Pelo fato de que pessoas com diabetes tipo 1 não produzem insulina, elas não podem sobreviver se não injetarem a substância antes de cada refeição, e devem usar um monitor ou fazer testes de sangue várias vezes por dia, a fim de checar seus níveis de glicose. Refeições, lanches, exercícios e medicação são cuidadosamente equilibrados. Esse regime meticuloso é necessário para prevenir complicações, que podem incluir insuficiência renal, cegueira e morte. No entanto, o controle rígido do nível de açúcar no sangue também pode resultar em um padrão invejável de controle de peso e saúde em geral.
"Estamos mostrando às pessoas que a diabetes é nossa força. Por causa dela, podemos fazer coisas incríveis", disse Phil Southerland, 27 anos, ciclista e corredor de Atlanta que fundou o time com outro ciclista diabético, Joe Eldridge. Ambos competiram em 2006 e 2007, mas não este ano. "Acho que o resto do mundo pode olhar para o time", continuou Southerland, "e dizer: 'Esses caras acabaram de vencer uma corrida de bicicleta, e fizeram isso mesmo tendo diabetes. O que posso fazer para viver uma vida mais saudável, melhor?'"
Essa doença, às vezes chamada de diabetes juvenil, representa desafios especiais para atletas. Uma pessoa com diabetes tipo 1 não consegue produzir insulina e deve tomar injeções regulares para controlar o açúcar no sangue. No entanto, o exercício também pode levar a quedas brutais, até mesmo fatais, no nível de açúcar no sangue. A diabetes tipo 2, de longe a forma mais comum da doença, tipicamente se desenvolve mais tarde na vida, geralmente relacionada a hábitos alimentares inadequados e ganho de peso; o exercício é geralmente prescrito como uma forma de manter baixo o nível de açúcar no sangue.
A conquista dos ciclistas, que têm um patrocinador corporativo e competem sob o nome de Time Tipo 1, se tornou uma fonte de inspiração para os estimados 3 milhões de americanos com a doença, e especialmente para pais preocupados diante de um diagnóstico de diabetes tipo 1 em seus filhos.
Porém, a vitória também oferece boas lições para todos nós, salientando os benefícios da vigilância diária, quando se trata de saúde. Pelo fato de que pessoas com diabetes tipo 1 não produzem insulina, elas não podem sobreviver se não injetarem a substância antes de cada refeição, e devem usar um monitor ou fazer testes de sangue várias vezes por dia, a fim de checar seus níveis de glicose. Refeições, lanches, exercícios e medicação são cuidadosamente equilibrados. Esse regime meticuloso é necessário para prevenir complicações, que podem incluir insuficiência renal, cegueira e morte. No entanto, o controle rígido do nível de açúcar no sangue também pode resultar em um padrão invejável de controle de peso e saúde em geral.
Conquistas e preocupação
As conquistas dos atletas com diabetes tipo 1 chegam em um momento de crescente preocupação sobre mudanças nos padrões da doença. Enquanto a diabetes tipo 2 está associada a um estilo de vida pouco saudável, cientistas ainda não sabem a causa da diabetes tipo 1, embora fatores autoimunes, genéticos e ambientais aparentem ter um papel importante.
Com a obesidade e péssimos hábitos de saúde aumentando entre adultos e crianças da mesma forma, é pouco surpreendente que a diabetes tipo 2 tenha aumentado de forma prevalecente. Porém, autoridades de saúde da Europa estão relatando um aumento inexplicável também na diabetes tipo 1. No mês passado, a revista médica "Lancet" relatou que a incidência estava aumentando em cerca de 4% por ano entre crianças europeias, particularmente aquelas com menos de cinco anos de idade. Nesse ritmo, o número de casos de diabetes tipo 1 irá aumentar 70% na próxima década. A doença também parece estar ganhando força nos Estados Unidos.
A rápida ascensão sugere influências ambientais, e pesquisadores estão observando possíveis fatores, incluindo partos de cesárea, infecções virais e a nutrição nos primeiros meses de vida, até mesmo deficiência de vitamina D.
A diabetes tipo 1 tem muitas faces. Talvez seu maior porta-voz seja Mary Tyler Moore, 72 anos; a indicada do presidente Barack Obama para um posto na Suprema Corte, a juíza Sonia Sotomayor, 55 anos, recebeu um diagnóstico de diabetes tipo 1 quando tinha oito anos. Jay Cutler, grande zagueiro de futebol americano, cujo passe foi recentemente comprado pelo time Chicago Bears, soube que tinha diabetes tipo 1 aos 24 anos, depois de uma perda de peso de 16 quilos e uma fadiga severa, originalmente atribuída ao estresse. Um exame físico finalmente levou ao diagnóstico.
Durante a Race Across America, os ciclistas do Time Tipo 1 usaram monitores de glicose e viajaram com um médico, comendo ou bebendo algo sempre que o nível de açúcar no sangue começava a cair. Apesar de que todos os atletas devem tomar insulina regularmente para prevenir níveis altos de açúcar no sangue, o exercício intenso faz com que a necessidade de medicação caísse de 60% a 75% durante os primeiro dias da corrida. À medida que o corpo se adapta nos últimos dias da corrida, os ciclistas devem aumentar suas injeções de insulina.
Para completar a corrida, os ciclistas se dividiram em dois times de quatro. Os primeiro quatro atletas se alternavam pedalando em velocidade máxima por 10 a 15 minutos, ou seja, cada atleta fez somente uma pequena pausa antes de ter de pedalar de novo. Após cerca de 240 quilômetros de corrida, os ciclistas, exaustos, encontraram o segundo grupo de quatro atletas, que assumiram a competição, dando aos primeiros atletas tempo para comer e descansar antes de retomar.
Apesar de problemas mecânicos, o time, que começou em Oceanside, Califórnia, chegou a Annapolis, Maryland, a 4.800 km de distância, em cinco dias, nove horas e cinco minutos. A velocidade média deles foi de 37,67 km/hora – 0,27 km melhor que os vencedores do ano passado, uma equipe profissional de noruegueses.
A matéria foi realizada juntamente com a equipe de redação do G1, o portal de notícias da Globo.
'Se você começar, outros vão lhe acompanhar'...
ResponderExcluirÉ com o exemplo, esforço e determinação dos semelhantes; que nos tornamos grandes no que somos e fizemos!