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Controle do diabetes e de fatores psicossociais pode ajudar a reduzir os casos de infarto

Os fatores psicossociais e o diabetes estão fortemente associados com o risco de infarto do miocárdio, indicando que elevações futuras nestes fatores de risco, associadas a alterações sociais, podem gerar um rápido aumento das doenças cardiovasculares, segundo estudo recentemente publicado na revista Heart. A pesquisa trata, especificamente, do caso da China, mas pode ser reproduzida em outros países, como o Brasil, onde há um aumento dos casos de distúrbios metabólicos, por causa da obesidade, e dos casos de estresse e depressão.

No estudo, os pesquisadores avaliaram e compararam a distribuição de nove fatores de risco apontados pelo estudo INTERHEART, sua relação com o infarto e a epidemia de doenças cardiovasculares na China. Foram incluídos 3030 pacientes vítimas de um primeiro infarto agudo do miocárdio e 3056 pessoas saudáveis pareados por sexo e idade.

As análises mostraram que o norte da China apresentava os mais altos índices de tabagismo e hipertensão, enquanto o sul tinha uma menor ingestão de frutas e vegetais, e índices elevados de depressão. Em comparação com pessoas de outras regiões, os chineses eram mais velhos, com menor índice de massa corpórea e índices cintura/quadril, menores níveis de colesterol total e LDL, menores índices ApoB/ApoA-1, porém maiores níveis de HDL e ApoA-1.

Todos os nove fatores de risco do INTERHEART, escolaridade e renda estiveram significativamente associados com o infarto na coorte chinesa. E houve uma heterogeneidade significativa na força da associação entre alguns fatores de risco e o infarto para a China em relação a algumas regiões, sendo as associações mais fortes para os chineses em relação ao diabetes (OR 5,10 vs 2,84), depressão (OR 2,27 vs 1,37) e estresse constante (OR 2,67 vs 2,06); e mais fracas para os chineses em relação à gordura abdominal (OR 1,33 vs 2,62).

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