
Pesquisadores da Universidade John Hopkin, nos EUA, descobriram uma associação forte entre diabetes tipo 2, a mais comum, e os níveis de arsênico na urina dos pacientes. “Parece que não existe um nível seguro de arsênico”, disse a Dra. Ana Navas-Acien, para a Reuters.
Além de muitas pessoas preferirem beber água mineral extraída de poços e veios subterrâneos há certas regiões do planeta que possuem os recursos hídricos escassos e precisam optar pelas fontes de água subterrânea.
Ana disse que o arsênico aumenta as chances de câncer de bexiga, pulmão, rim, pele e, talvez de próstata também.
Dos 800 voluntários do estudo 20% tinham toleráveis 16,5 microgramas de arsênico por litro de urina, e também tinham 3,5 vezes mais chances de desenvolver diabetes do que os 20% com menos arsênico (3 microgramas por litro). Os níveis de arsênico também eram 26% maiores nas pessoas que tinham diabetes tipo 2, do que naquelas sem a doença.
No Brasil até 5 microgramas de arsênico por litro são permitidos na água potável, de acordo com a legislação, segundo o professor de geologia Eduardo Hinvi, que trabalha no Laboratório de Pesquisas Hidrológicas da Universidade Federal do Paraná, que não participou do estudo. Segundo ele a água mineral não é necessariamente mais saudável do que a água tratada da sua torneira. A legislação obriga que cada poço tenha um químico responsável que certifique que a água esteja dentro dos níveis seguros para ingestão humana. “O problema é que ninguém faz isso”, disse o professor adicionando que o custo do procedimento pode ultrapassar R$ 2 mil. O professor Hinvi também disse que, periodicamente, todas as grandes fontes de água mineral varejistas são analisadas obrigatoriamente.
O arsênico contamina a água potável ingerida por milhões de pessoas na Argentina, Chile, EUA, Europa Central e Bangladesh, onde a água mineral é a principal fonte e a terra possui maiores concentrações de arsênico. Nos EUA, 90% dos casos de diabetes são do tipo 2, variedade em que o corpo perde a capacidade de produzir insulina. A Dra. Ana disse que o arsênico pode ter um grande papel na incidência de diabetes, mas seria difícil saber o quanto. O que já sabemos é que o arsênico acumula no corpo humano e danifica a capacidade do corpo produzir insulina para converter açúcarem energia.
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