
Homens que passam por altos níveis de estresse podem dobrar os riscos de desenvolver diabetes tipo 2 aquele em que o organismo é capaz de produzir insulina, mas tem dificuldade de processá-la. A informação é resultado de uma pesquisa feita na Suécia e publicada pela revista científica Diabetic Medicine.
Os pesquisadores avaliaram 2.127 homens durante dez anos. No início da pesquisa, os participantes apresentavam níveis normais de glicose. Os exames ainda avaliaram sintomas de estresse, como fadiga, ansiedade, depressão, insônia e apatia. Passados dez anos, os homens passaram pelos mesmos exames, a fim de verificar as taxas de glicose e os níveis de estresse.
Ao final do estudo, 103 participantes foram diagnosticados como diabéticos. Os homens que sofriam com mais estresse apresentavam um risco 2,2 vezes maior de desenvolver diabetes tipo 2, quando comparados aos homens com baixo nível de estresse. A relação se manteve assim mesmo quando observados outros fatores, como idade, massa corporal e histórico familiar de diabetes.
De acordo com os estudiosos, a relação entre os dois males pode ser resultado dos efeitos do estresse na capacidade cerebral em regular os hormônios, ou ainda, da influência negativa que a depressão exerce na dieta e no nível de atividade física das pessoas.
A pesquisa também incluiu três mil mulheres. No entanto, nenhuma relação entre os níveis de estresse e o desenvolvimento de diabetes foi notada na ala feminina. Uma das hipóteses sobre o resultado é a maneira diferente como os homens e as mulheres lidam com o estresse. Outra possibilidade envolver a influência hormonal de cada sexo.
Sobre o diabetes
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o mal acomete mais de 170 milhões de pessoas em todo o mundo. A doença pode se manifestar de duas formas:
Diabetes tipo 1: seu aparecimento é mais comum na infância ou adolescência e está ligado a uma auto-imunização do organismo às células beta do pâncreas. A endocrinologista Maria Helena Senger, diretora da Faculdade de Medicina da PUC, em São Paulo, explica que o corpo entra em pane e começa a destruir tais células, fazendo com que a insulina deixe de existir.
Diabetes tipo 2: diabéticos deste tipo são capazes de produzir insulina, porém, têm dificuldade em processá-la. A conseqüência disso é que as células não conseguem metabolizar adequadamente a glicose da corrente sanguínea. O diabetes tipo 2 é cerca de oito vezes mais comum que o tipo 1 e, hoje em dia, não ronda somente as pessoas com mais de 40 anos. O ganho de peso é um mal que afeta a população mundial. Isso explica a incidência da doença cada vez maior nos jovens e adolescentes , alerta Maria Helena sobre um dos contribuintes para o aparecimento do mal. Entre outras causas, estão o sedentarismo e o caráter hereditário.
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