
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Saulo Cavalcanti da Silva, 50% dos diabéticos não sabem que têm a doença e 20% nega que tenha e discorda dos médicos por falta de sintomas aparentes. O endocrinologista explica que ignorar essa fase é prejudicial para o tratamento.
— Eu não gosto do termo pré-diabetes porque ele subentende que a pessoa ainda não tem a doença, mas não é verdade. No pré-diabetes a pessoa já começa a desenvolver lesões no endotério (parte interna das artérias) — diz o endocrinologista.
As lesões causam a obstrução das artérias, aumentando as chances de se desenvolver derrames, úlceras no cérebro, infarto, disfunção sexual, entre outras complicações. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais.
— É muito mais fácil e barato evitar as complicações da doença nesse estágio do que tratá-las o problema depois — alerta Cavalcanti.
As pessoas com maior risco de serem portadoras da doença são aquelas que estão acima do peso ou obesas, as que têm parentes próximos com a doença e também os idosos. É preciso estar atento ainda a algumas problemas de saúde que geralmente estão ligados ao diabetes, como colesterol e triglicério altos e a hipertensão. Crianças e adolescentes obesos também devem fazer exames para monitorar a possibilidade de desenvolver o problema.
O médico orienta que, além de buscar fazer exames e seguir corretamente os tratamentos, as pessoas procurem criar hábitos alimentares saudáveis, controlar o peso e fazer exercícios por pelo menos 30 minutos por dia.
Entenda
O que é o pré-diabetes?
É a fase inicial da doença, quando os sintomas são inexistentes ou escassos.
Quem está no grupo de risco?
:: pessoas acima do peso ou obesas, inclusive crianças;
:: quem têm parentes próximos com a doença;
:: idosos;
:: que sofrem de colesterol ou triglicério alto ou é hipertenso
Porque é importante diagnosticar e tratar de forma precoce?
Na fase inicial, é possível evitar as complicações que o diabetes trás com o tempo, como derrames, úlceras no cérebro, infarto, disfunção sexual.
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